segunda-feira, 3 de maio de 2010

É preciso fazer!

Por Fernanda Nucci

Oi Ka, olha eu aqui novamente.
Essas manhãs em que substituimos o açúcar do café por essas notícias quase tão cotidianas, quando o nosso cafezinho é um reflexo e tanto de uma porção de coisas das quais você mencionou aí, por exemplo, a falta de políticas públicas em especial para a juventude. Um outro ponto que é bom tratarmos e ressaltarmos é a questão da drogadição e o tráfico (duas coisas bem diferentes), inclusive dois itens a mais citados por você neste texto Ka, ainda tem-se que humanizar muito o tratamento da pessoa que sofre a dependência química e tratar com mais severidade a pessoa que tráfica. Reconhecer as diferenças entre o usuário, a pessoa em uso indevido, o dependente e o traficante de drogas, desenvolver trabalhos e projetos de educação e prevenção a uso indevido de drogas licitas e ilicitas. Fundamentar no caso desses jovens, dessa escola especifica onde o problema é recorrente o principio da responsabilidade copatilhada entre educadores, educandos, familiares e comunidade. E não venham me dizer que não há participação na periferia, que os pais não estão nem ai, que tudo está a “Deus dará”, porque sabemos que a verdade não é bem assim. Tenho certeza que muitas pessoas irão criticar esse meu ponto de vista, inclusive o de tratar um DQ como uma vitima e não como um marginal, mas é fato que é isso que ele é, uma vitima da droga, do vício e também da falta DE POLITICAS PÚBLICAS EFICAZES DE EDUCAÇÃO, CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E ESTÍMULO A GERAÇÃO DE RENDA, MAS A SOCIEDADE (NUM TODO, ESCOLA, EU,VOCÊ, AUTARQUIAS,ESCOLA,ETC) TAMBÉM É FALHA NO QUE TANGE A PROVOCAR O SENSO DE CIDADANIA, DE ESTIMULAR A CRIAÇÃO E LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS, DE INCENTIVAR A COMUNIDADE A DELIBERAR E A QUESTIONAR SOBRE OS SEUS DIREITOS E DEVERES . Essa escola e tantas outras tem sempre alguma coisa a fazer para transformar esse cenário, e as autoridades a obrigação de garantir que a seguridade seja mantida não só para escola, mas para toda a comunidade que vive uma realidade mais cruel do que os bairros de classe média alta, com o indice de criminalidade mais alta, entre outras coisas. Para que o texto não seja apenas critico, sugiro a essa escola montar um Conselho Comunitário, onde todos possam se envolver com o assunto e trocar ideias sobre o que vem ocorrendo, inclusive questionar os alunos sobre o que pensam sobre os assaltos? Se sabem que quem está sendo roubado são eles mesmos? E o que acham que pode ser feito para transformar esse cenário? Isso por baixo, se examinarmos com calma por ai, teremos bons exemplos de que há sempre uma saída quando se tem boa vontade. Com certeza só criticar essas autoridades, e meter o pau na juventude “transviada” não é nem um pouco construtivo. Concorda?

Fernanda Nucci é educadora e seguidora do blog.

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