terça-feira, 17 de agosto de 2010

A palhaçada da democracia brasileira

Há há. O Brasil é mesmo o País das novidades. Revoltinhas clichês à parte, nosso tropicalismo definitivamente está indo para o ralo.

Como já dito antes aqui mesmo, esse orgulho cretino de uma "democracia conquistada", é papo furado de um monte de gente que se sente feliz em ter o direito ao voto. Voto? Com as opções que me dão qual benefício eu, cidadã brasileira, tenho em votar? Nulo. O benefício é zero. Mas não digo dessas opções atuais. Digo das opções de mais de 20 anos.

Essas opções só estão na prateleira porque deixamos que elas saiam direto do forno para nosso consumo. Aí, quando vamos usufruir...surpresa! O produtinho lá da prateleira está com defeito, quebrado, não presta, não funciona. Então chegamos à conclusão de que jogamos nosso dinheiro no lixo. Com dinheiro fica mais fácil entender. Quando se trata do voto, dane-se! Voto é moeda (desvalorizada) no Brasil. Você pode comprar, vender, trocar e até fazer generosas doações - dependendo do tamanho da sua tolice.

E sabe o que é pior? Tudo isso não é aumento, exagero. É real!!! Pergunte a qualquer pessoa que precise de um emprego, a qualquer pai ou mãe de família que não consegue garantir o sustento de seus filhos, a qualquer jovem louco de gana por iniciar sua BOA carreira, a qualquer tiozinho que precisa terminar seu puxadinho. Pergunte o que fariam pra garantir essa "mordomia". Eles fazem a generosa doação de seu voto na boa, sem churumelas e lamúrias. Doam o voto, trabalham de graça para esses candidatos, induzem mais eleitores. Depois conseguem meia dúzia de coisas com o suor de sua própria cretinice e bye bye, baby!

Sem defesinhas e idolatrias de pensamentinhos... mas veja, o cientista político Francisco Weffort diz que "Só é cidadão quem ganha justo e eficiente salário, lê e escreve, mora, tem hospital e remédio, lazer quando descansa...". Tá. Agora pegue o Brasil. Vá com o dedinho em cada uma de suas regiões. Suba um pouquinho e chegue ao norte do País. Vamos andar, conhecer e contemplar as maravilhas da natureza, cenário perfeito! Brasil é lindo, fantástico e possui abundante riqueza natural. Cara, que orgulho de ser brasileira. Nossa, olha agora essa população ribeirinha, que fofinha. Cada senhorzinho enrugadinho, né? E essas crianças analfabetas com barriga d'agua, muito gracinhas!!! Essa mulherada forte, troncuda lavando os trapos nos rios poluidinhos? Orgulho da mulher brasileira, não?! Isso, agora veja se essa população fofinha ganha justo. Ganhar? Ganhar o quê? Eles não ganham nada! Salário é coisa de gringo. Opa, se algum deles ali souber assinar o próprio nome...Hospital? kkkkkkkkkkkkk, piada hein? Remédio? kkkkkkkkkkkkkkkkk AO QUADRADO!. Lazer? Hã??? Poxa, então quer dizer que a população de fofinhos não pode ser considerada um grupo de cidadãos? Pela CONSTITUIÇÃO não! Pela igreja sim! Pelas famílias brasileiras são dignos de dó, só estão cumprindo carma, missão, recebendo lições espirituais. É, deve ser isso então, CARMA! Precisamos de algumas alteraçõezinhas na CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA.


Dependendo do carma você pode ler, escrever, trabalhar e comer. Dependendo você está fora e tem de pagar pelo carma (ó, e a culpa ainda é do eleitor). Uh lá lá, é tudo o que nossos almofadinhas que dirigem o Brasil como se fosse seus carrinhos de controle remoto querem. Carmas individuais. Mas até com os carmas iriam rolar manobrinhas. Já pensou em época de campanha eleitoral: "No meu governo reduziremos o número de carmas. Temos uma base aliada, forte, que está na luta com o nosso partido há mais de duas décadas dentro dos acordos internacionais junto a São Pedro e os grupos espirituais, que já nos garantiram: os carmas, dentro de 8 anos sofrerão uma redução histórica em nosso País". Pronto. Plano de governo lançado!

Tudo isso pra falar que caras feras, sensacionais como Danilo Gentili, Marcelo Tas, Helio de la Peña e cia ltda estão PROÍBIDOS de falar a verdade a respeito de nossos digníssimos candidatos com a boa e inteligente dose de humor que eles POSSUEM.

Mais uma vez estou estupefata, indignada, besta, chocada, pirada, revoltada. E aí vêm me falar de democracia?

Chego por aqui.

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